BRMC 2018

   Mal comecei a votar no pique normal de postagens aqui do blog e logo já sumi... Mas foi por um motivo importantíssimo na minha vida: uma conferência de música eletrônica. Sabia que isso existe e rolou aqui em São Paulo? Pois é, e eu vou explicar pra você o que é um conferência de música eletrônica e porquê ela mudou minhas últimas semanas de forma radical.
   Bom, primeiramente este ano rolou não só a conferência como de costume, mas também uma comemoração de 10 anos de existência: ela começou primeiro no Rio de Janeiro (oficialmente em 2009), tendo algumas edições regionais ao longo dos anos e culminando em sua mega transformação de RMC (Rio Music Conference) para BRMC (Brasil Music Conference), um evento que reúne artistas, empresários, curiosos, estudantes, profissionais e toda a galera que tem uma conexão com a dance music e seu show business. Inclusive, já foi nomeado o maior de sua categoria da América Latina!! Ou seja, se você, assim como eu, vive de música eletrônica, você precisa se atualizar participando das próximas edições.


   Neste ano a BRMC foi sediada na Unibes Cultural, um espaço localizado ao lado da estação Sumaré do metrô, ambiente super aconchegante divido em  três andares e uma infra-estrutura incrível composta por salas, teatro e um auditório. Uma dica banaca é que lá sempre tem uma programação cultural bem variada e que abrange cursos, exposições, apresentações musicais e etc.
   Seguindo o baile, a conferência durou três dias e teve diversos painéis maravilhosos (aliás, foi bem difícil de escolher entre eles para tirar o melhor proveito de todo conteúdo oferecido), showcases de DJs que fazem a noite do Brasil, exposições de novidades em equipamentos e cursos e uma premiação que valoriza a galera que faz dos eventos de música um show indispensável na cultura brasileira.
   Uma das coisas mais bacanas que se pode levar (literalmente) do evento é o anuário feito com muito esmero para nos dar uma visão geral do que está acontecendo no mercado da música eletrônica. Para quem não foi, mas quiser ter acesso à essas informações tão valiosas, basta clicar aqui para acessar a versão digital de todo este material, inclusive rola de conferir as edições dos anos anteriores também (o primeiro anuário foi lançado em 2012, então tem conteúdo pra caramba pra entender também um pouco mais sobre a história recente da música eletrônica no Brasil). 😉


   Ok, já deu pra ter uma noção do que se trata e como funciona... Mas e aí? O que isso tem a ver com o meu sumiço?
   Bom, primeiramente mudou por completo a minha visão da música eletrônica: comecei a ver e entender a música e seus reflexos como um mercado sólido. A partir do momento em que peguei meu anuário e o folhei percebi que existem de fato dados que o caracterizam,os pontos políticos e econômicos são partes fundamentais do que molda não apenas os profissionais como também as festas que acontecem em cada país, entendi um pouco mais sobre as marcas que estão dando apoio ou mesmo fazendo os projetos ousados virarem realidade, tive uma visão mais ampla da loucura que é essa fluidez com a qual gêneros musicais surgem e ressurgem e desaparecem, quais as próximas tendências e etc.
   E cada palestra que rolava me deixava ainda mais animada pra fazer parte desse mega mercado. Mas querer fazer parte e fazer, são coisas bem diferentes e que, muitas vezes, podem estar separadas por apenas um plano de ação bem bolado. Plano esse que foi debatido com uma galera de peso como Melissa Piper (Supernova.Live), Paula Chalup (DOC Records), Claudia Assef e Monique Dardenne (WME). Ou seja, em apenas 3 dias eu entendi um pouco melhor o que significa ser DJ e o que eu teria que fazer para me promover. Desde então venho criando um plano de ação básico para tudo o que quero colocar em prática no quesito projetos ou mesmo uma divulgação simples nas redes sociais.
   Porque, afinal de contas, o DJ e o produtor musical são marcas que devem ser gerenciadas com paciência e estratégias eficazes. A principal delas, que eu comentei no parágrafo anterior, é a divulgação. É preciso ter um sistema de divulgação bem feitos nas redes sociais (publicações com uma frequência bacana e que comece a expressar a personalidade do artista e o conecte com seu público) e saber direcionar o conteúdo de uma forma eficiente. Nisso o Wilson Souza e o Matheus Tavares da HUB Records deram uma super dica pra gente,  por exemplo: ter uma página no Facebook e um perfil no Instagram e um perfil no Soundcloud, cuidar da estética e qualidade das imagens, conseguir trazer a espontaneidade do dia a dia para o conteúdo, impulsionar publicações relevantes e de grande impacto para aumentar o público, e por aí vai.


   Além disso, é sempre bom manter uma cartela de projetos que se deseja colocar em prática (tantos os menores como cursos, quanto os maiores como eventos) e saber administrar questões de custos e qualidades práticas desses projetos e, se necessário, estruturá-los de uma forma tangível para buscar patrocínio. E nesta questão de patrocínio tem toda aquela análise básica de quais marcas buscar e o quanto se pode apostar e ousar no projeto com cada uma delas. Enfim, como botar uma boa ideia pra funcionar. Neste assunto o Mauricio Soares (Alma), Richard Mercado (Pioneer DJ), Gary Smith (ADE/BMRC) e Fabio Seixas (Path) foram os que deram uma quantidade de conteúdo imensa pra gente.
   Além de tudo isso, a conferência ainda me trouxe um panorama geral do que tá rolando na música eletrônica com o reaquecimento do mercado do vinil no Brasil graças ao ressurgimento de empresas que façam a prensagem do mesmo. Isso sem contar que rolou até uma pincelada básica sobre sintetizadores modulares. Neste ponto tivemos uma luz teórica e prática de Arthur Joly (Reco-Head), Michael Nath (Vinil Brasil) e Ramiro Zwetsch (Patuá Discos).
   E é claro que numa conferência de música eletrônica não podia faltar uma Master Class de Ableton Live e Toraiz da Pioneer, ministrado por Leo Casagrande (Studio Leo Casagrande) e André Salata.
   Aliás produção musical é um campo sensacional e que foi muito bem abordado não apenas no quesito artístico em estúdio, mas também quanto a sua comercialização e distribuição digital independente (assunto este que foi importantíssimo para entender melhor como as leis de direito autoral guiam o que pode ou não circular no mundo brasileiro da música). Este papo cabeça foi guiado por Marcos Chomen (CD Baby), Mauricio Bussab (Tratore), André Dazzo (re:agent) e Brunno Constante (One RPM).


   E, pra finalizar, teve um bate papo extenso sobre os modismos da música eletrônica e o espaço que a mulher vem conquistando e deve conquistar no mundo da música eletrônica. Nestes dois tópicos tivemos um time sensacional composto por Francisco Cornejo, DJ Julio Torres, DJ Dot Larissa, DJ GabeDJ Aninha, DJ Eli Iwasa, Tânia Saraiva (Tune Agency) e Claudia Assef (WME).
   Enfim, este foi um evento que valeu a pena pra caramba e que me trouxe uma nova vivência e uma nova visão do que, como profissional, devo fazer para me destacar e alcançar o sucesso que desejo!! E é óbvio que eu super recomendo pra todo mundo que já está na área e pra quem quer iniciar esta jornada. Ou seja, acompanhem a agenda das próximas conferências e tentem participar porque isso pode fazer uma grande diferença na sua carreira!
   Inclusive porque, além de todo conteúdo que gira entorno da música eletrônica por meio das palestras e workshops e Master Classes, ainda teve muita festa pra gente curtir e conhecer alguns dos principais pontos de eventos em São Paulo, e detalhe: com acesso livre!


   Ou seja, aprendizados, networking e diversão são os principais pontos do BRMC como forma de apresentar um panorama completo e geral do mercado da música eletrônica e pode ter certeza que vou bater ponto no próximo também haha 😉
   Confira abaixo os vídeos relatando o geral de cada um dos dias da conferência:






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